domingo, 3 de fevereiro de 2013

Resenha: "Garotos Malditos"


           
                  Mudanças nunca são fáceis para NINGUEM! Ainda mais quando as pessoas mudam a maneira de te olhar após isso. Pois é, essa é a história de Ludo, um garoto do segundo ano, que é expulso do colégio após transar com sua ex-namorada e acaba em um colégio “alternativo”, o Colégio Pentagrama. Mas não é só isso, depois de um tempo na escola ele se vê no meio de vampiros, lobisomens e zumbis.

            O livro é bem interativo, e o fato da narração ser em primeira pessoa faz com que você possa lutar pela causa da personagem, e entender melhor o que ele está sentindo. Algumas vezes você também se sente atingido pelo deboche: “nulidade”, ou até mesmo zangado com alguns personagens que implicam com o Ludovique (Ludo) durante a história.
            Cada personagem no livro tem uma característica marcante que faz com que se diferencie psicologicamente dos demais. Como por exemplo, a mãe da namoradinha do Ludo, que é sempre muito nervosa, e tenta disfarçar os ataques da filha. 
Se você já leu outros livros do Santiago, poderá perceber que ele faz referências a dois deles durante “Garotos Malditos”. O trecho que inicia a parte um do livro (por sinal outro aspecto positivo do livro a divisão em três partes) é a seguinte: “Eu me deitava na cama, sem conseguir dormir. Nem adiantava pensar em jacarés assassinos e maníacos seriais a perspectiva da escola era mais assustadora.” Ao mencionar jacarés assassinos ele nos faz lembrar o personagem principal de seu livro “Mastigando Humanos” de dois mil e seis, já ao falar de maníacos seriais, ele no remete a professora vilã de seu outro livro “O prédio, o tédio e o menino cego”.
             Outra façanha do autor foi ter criado um vinculo linguístico com o publico adolescente, fazendo recurso de expressões de internet para expressar risos, como “hehehe”.
             O Santiago te faz dar gargalhadas nesse livro em diversos momentos, como nas aparições do Padre Fábio Júnior, e também com o personagem Dominique, ou simplesmente Domi, que se interessa por Ludo ao perceber o seu jeito “delicado”. Algumas pessoas poderiam tratar a rejeição do Ludo ao Domi como preconceito, mas eu (que sou totalmente anti-homofobia) não vejo desta maneira, é mais a opinião da personagem que queria se dar bem no colégio novo ao invés de ficar com fama de “veado”.
            O livro foi publicado pela editora Record com o selo “Galera”, e eu achei uma boa edição, sem falar das ilustrações feitas pelo João Lestrenge que enriquecem o texto e te deixam ansioso para ver no inicio dos capítulos um novo e belo desenho.
Você DEVE ler "Garotos malditos e acompanhar mais uma das histórias bem feitas do Nazarian!
            Nota de uma a dez: 8

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