domingo, 3 de fevereiro de 2013

Crônica do desesperado


                Meus olhos lacrimejam ao não encontrar o teu rosto no meio da multidão. O crepitar do fogo faz com que meu coração palpite, sem a chama que inflamava em meu peito toda vez que meu olhar encontrava o teu. Ainda lembro-me de todas as vezes que as tuas mãos macias tocavam a minha pele e deixava meus pelos da nuca eriçados. Certa vez eu senti um enorme calor enquanto dormia, e só no dia seguinte percebi que era você me aquecendo.
            Agora minhas noites são assim, pura tristeza. Eu escuto musicas que me lembram de você, sinto o seu cheiro na calada da noite, e não consigo controlar as lagrimas que escorrem do meu rosto. Tento enxugá-las em vão, quanto mais eu seco, mais aparecem.
            Por que foste embora? Sinto falta do calor do teu corpo, da caricia das tuas mãos, da energia que teu corpo transmitia ao meu todas as vez em que estava comigo. Era reciproco esse sentimento. Mas aos poucos foi tragado até que desapareceu, e em breve eu entrarei em esquecimento na tua mente. Não quero isso, jamais.
            O ódio cresce dentro de meu coração por cada uma das pessoas que contribuíram para a nossa separação. Sei que isto não é certo, mas o que mais posso fazer se não exaltar meus sentimentos? Nada! Apenas esperar o dia em que minha mão tocará a tua face e a lagrima de emoção escorrerá do meu rosto.
            Talvez eu ache outra pessoa feche a lacuna que deixaste em minha alma, mas enquanto isso não acontecesse eu fico aqui, chorando... Lembrando... Te querendo...

            

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